No Brasil, só a TAM possui um equipamento desse tipo. Ele foi usado para a liberação da pista de Viracopos, em outubro passado, quando 40 mil passageiros foram afetados pelo fechamento do aeroporto e 512 voos foram cancelados. O equipamento fica no área de manutenção da empresa, em São Carlos, interior de São Paulo, e é deslocado por terra quando precisa ser usado. O recovery kit comprado pela Aeroportos Brasil custou US$ 3 milhões.
"Será feito um treinamento com os funcionários das companhias para que eles possam operar o equipamento em casos de emergência", afirmou o presidente da Aeroportos Brasil, Luiz Alberto Kuster. O equipamento, que chegou no último fim de semana a Viracopos, ainda não é o que foi comprado. Ele foi emprestado, sem custo, pela empresa holandesa Resqtec para ser usado até julho, quando chega o recovery kit adquirido pela concessionária.
Cargueiro
O cargueiro MD-11, da Centurion, continua quebrado, em Viracopos, sem conserto. A empresa norte-americana e a seguradora devem desmontar a aeronave e vendê-la aos pedaços, segundo apurou a reportagem. O diretor-geral da Centurion Cargo Airlines no Brasil, Vanderlei Morelli, afirmou que essa é uma das alternativas em estudo, mas ainda está sendo considerada a possibilidade de manutenção. "Estamos ainda avaliando as condições e o valores envolvidos."
Enquanto fica estacionada em Viracopos, a empresa já acumulou, até o último dia 8 de março, uma dívida de pelo menos R$ 700 mil a ser paga pela estadia de mais de cinco meses no aeroporto. O valor a ser pago será dividido entre a Agência Nacional de Avião Civil (Anac), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), antiga gestora do aeroporto, e a Aeroportos Brasil, que desde o dia 13 de fevereiro administra o terminal, após vencer o leilão de concessão em fevereiro de 2012.