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Um ano após desocupação do Pinheirinho, famílias recebem auxílio-aluguelAção no Pinheirinho rende 600 processos contra SPCondepe divulga relatório sobre desocupação do PinheirinhoSenado discutirá reintegração do PinheirinhoPM emite nota sobre denúncias na ação no PinheirinhoPMs são indiciados por tortura e abuso sexual durante ação em PinheirinhoA Defensoria ajuizou ação civil pública contra o Estado de São Paulo, o município de São José dos Campos e a massa falida da Selecta. Os pedidos passam ainda pela retirada dos resíduos sólidos que se encontram no terreno desocupado e pela retratação pública do Estado e do município.
Além da ação pública, a Defensoria já entrou com aproximadamente 1.050 processos de indenização por danos materiais para as famílias removidas. Estas ações foram propostas logo após a desocupação, quando os moradores relataram abusos por parte dos policiais e reclamaram de prejuízos. "Medidas devem ser efetivadas de modo a amenizar parte dos grandes efeitos perpetrados pelo Estado de São Paulo, franqueando aos moradores do Pinheirinho alternativas para que possam integrar-se novamente ao seio social da cidade, e ainda para reduzir os danos psicológicos causados às crianças e aos adolescentes vítimas do assédio moral e da violência decorrente dos atos de reintegração", diz a ação.
Para reduzir os reflexos psicológicos da desocupação, a defensoria pede que a massa falida da Selecta custeie um programa voltado para pais e crianças, a ser implementado pelo município de São José dos Campos. Além disso, o pedido é para que a massa falida arque com os custos de programas governamentais destinados à qualificação profissional, à geração de renda e à reinserção laboral dos antigos moradores do Pinheirinho.
A maioria das pessoas que buscou a defensoria na época (67,4%) disse ter precisado se instalar em abrigos provisórios. Além disso, 23,7% disseram ter sido vítimas de armas de baixa letalidade, 34% afirmaram que suas residências foram destruídas durante a ocupação e 8% que tiveram as casas arrombadas. A ação é assinada pelos defensores públicos Jairo Salvador de Souza, Sabrina Nasser de Carvalho, Ana Carvalho de Moraes, Anaí Arantes Rodrigues, Carolina Nunes Pannain e Douglas Tadashi Magami e tramita na 2ª Vara da Fazenda Pública de São José dos Campos.