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Burocracia e falta de terrenos seguros são desafios contra as áreas de riscoEm 20 anos, secas e enchentes afetaram 86 milhões de brasileirosChega a 27 o número de vítimas fatais em Petrópolis"Quando a sirene é acionada, já houve um contato com as autoridades, com os líderes comunitários, os pontos de apoio estão abertos. Mas muitas famílias resistem. O brasileiro não está acostumado a se movimentar em situação de desastre. Os agentes das UPC serão a ligação entre a Defesa Civil e a comunidade", diz o diretor do Cestad, tenente-coronel Gil Kempers.
No dia 10 de cada mês, as Defesas Civis dos municípios que têm sirenes fazem simulações de alertas. Em Petrópolis, as 18 sirenes foram testadas uma semana antes do início das chuvas que mataram pelo menos 27 pessoas. Kempers informou que 680 sirenes serão instaladas em outros 68 municípios até o fim de 2014.
"As sirenes são um paliativo. De certa forma elas minimizam os problemas, mas se anunciam milhões em obras, em equipamentos e pouco se trabalha a vulnerabilidade das pessoas", diz professor Antonio Edesio Jungles, coordenador do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres, da Universidade Federal de Santa Catarina.
Para Moacyr Duarte, pesquisador da Coppe/UFRJ e especialista em situações de risco, é preciso ter em mente que as sirenes "são um sistema transitório enquanto as pessoas que vivem em áreas de risco não são transferidas para lugares seguros" e não a medida permanente para os casos de enchentes.