Os denunciados são os soldados Douglas Moreira Luciano, de 21 anos, e Hudson Leonardo Camargo Costa, de 23 anos. De acordo com a Procuradoria, os dois militares efetuaram três disparos, cada um, na direção de Abraão. Atingido por um projétil nas costas, ele morreu no local. "Tais elementos, somados ao fato de que não foram encontradas drogas ou armas com a vítima, bem como de não haverem sido detectadas marcas de impacto de projéteis de arma de fogo ou vestígio de sangue no local onde estava a guarnição integrada pelos denunciados, revelam a prática do crime de homicídio qualificado", escreve o procurador Fernando José Aguiar de Oliveira, autor da denúncia.
O qualificador do homicídio, diz Oliveira, foi a impossibilidade de o adolescente se defender. O procurador alega que o julgamento cabe ao Tribunal do Júri, e não à Justiça Militar, por se tratar de crime doloso contra a vida.