Operários do governo do Estado iniciaram nesta segunda-feira obras para evitar novos alagamentos no alojamento provisório destinado ao grupo de 12 índios que aceitou deixar na última sexta-feira o prédio do antigo Museu do Índio, no Maracanã, zona norte do Rio, que estava ocupado desde 2006. Com britadeiras, os funcionários abriram buracos na estrutura para a instalação de canaletas que vão escoar a água da chuva. Poças d'água que se acumulavam na área também foram removidas.
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Protesto a favor de índios termina em confusão no RioJuiz recebe índios para discutir local de moradiaO alojamento temporário é composto de seis contêineres, sendo três banheiros (com chuveiros elétricos), dois quartos (com três beliches cada) e uma cozinha (com fogão e geladeira). Nesse período de adaptação, a comida está sendo entregue em quentinhas, pelo governo. Já o fornecimento de energia é feito através de geradores. A área foi toda coberta por uma grande lona, e foi isolada do restante do terreno do hospital por tapumes de aço.
Atividades
Era grande o movimento nesta segunda de moradores do Curupaiti, a maioria crianças, nas imediações do alojamento dos índios. Curiosos com os novos vizinhos, os pequenos queriam saber de tudo: desde detalhes das vestimentas, até se os indígenas que lá estavam sabem usar arco e flecha. "Sou tricampeão de arco e flecha nos jogos indígenas. Também tiro peixe do fundo do rio assim", gabava-se o pataxó Kawatã Ohã, de 26 anos, o mais popular dos índios por ser o único que usava trajes típicos, como cocar, cintos feitos de sementes de pau-brasil e dois "trajos" (espécie de palito colocado entre as narinas e também sob o queixo). "A primeira coisa que me perguntaram era se dói colocar os trajos. Eu disse que não".