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MP deve recorrer contra liberação de médica no PRJustiça manda soltar médica acusada de mortes no PRHospital iria afastar médica antes de sua prisãoMédica acusada de matar em UTI de Curitiba se apresenta a tribunalAlém dos sete óbitos relatados no inquérito, outras 21 mortes estão sendo investigadas e há, na opinião do MP, indícios de participações do grupo nessas mortes. Um grupo de auditores ligado ao Ministério da Saúde analisa 1.730 prontuários desse período (2006-2013) e acredita que o número de mortes pode ser maior.
Segundo o promotor Paulo Lima, a medida foi tomada pelas circunstâncias do processo. "A médica Virgínia tem uma certa influência e as pessoas se sentem constrangidas, além do que se acusa que havia uma quadrilha na UTI, em ações que não se explicam pelos prontuários", diz.
Segundo o advogado de defesa Elias Mattar Assad, "ela está em casa, reclusa, e a meu pedido não tem saído para nada, nem para ir ao supermercado. Ela não fala com outras pessoas que não sejam familiares. Além disso, estão fazendo um cálculo de perigo abstrato. Quem está sendo ameaçado, constrangido, que testemunha é essa?". As denúncias contra Virgínia tiveram início em março do ano passado, por meio de telefonemas anônimos para a Ouvidoria estadual. Elas foram repassadas ao Núcleo de Repressão a Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) e resultou na prisão da médica em fevereiro.
Além de Virgínia, também foram denunciados por homicídio os médicos Maria Israela Cortez Boccato, Edison Anselmo da Silva Júnior e Anderson de Freitas; e as enfermeiras Patrícia Cristina de Goveia Ribeiro e Laís da Rosa Groff.
A fisioterapeuta Carmencita Emília Minozzo e o enfermeiro Claudinei Machado Nunes foram denunciados pelo crime de formação de quadrilha, mas não foram detidos. A denúncia foi apresentada no dia 11 de março.