Cerca de 400 integrantes de mais de 30 movimentos sociais participaram nesta terça-feira de ato da Jornada Nacional de Lutas da Juventude Brasileira, que é uma sequência de ações para que os jovens apresentem reivindicações. As manifestações estão programadas até o dia 10 de abril.
Os manifestantes - ligados à educação, cultura, religião, trabalho, gênero, questão racial, meio ambiente e direito à terra - começaram a passeata ato na Praça da Sé, de onde saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade, passaram pela sede da prefeitura e terminaram na Praça da República.
Ela lembrou que o projeto de lei que determina a destinação de 10% do PIB para a educação foi aprovado na Câmara dos Deputados em 26 de junho de 2012 e agora tramita no Senado. “Essa passeata é também para pedir que o Senado confirme essa medida que já foi aprovada na Câmara. Acreditamos que podemos garantir isso por meio dessa riqueza que vem crescendo no Brasil com a descoberta do petróleo abaixo da camada do pré-sal no litoral brasileiro. Acreditamos que essa nova riqueza tem que servir para combater as desigualdades e melhorar a vida do povo”.
Além disso, o grupo defende a reforma agrária, reforma política, trabalho digno para a juventude, a democratização dos meios de comunicação e o fim do extermínio da juventude negra. “Temos aqui jovens do campo, da cidade, universitários, secundaristas, pós-graduandos e todos estamos reunidos para lutar por um país melhor, mais justo, por reformas democráticas para o nosso país e por políticas que possam garantir mais direitos para a nossa juventude”.
Virgínia explicou que a luta da jornada é a de que se conquiste mais verbas para a educação e que esses recursos possam ser utilizados para o combate ao analfabetismo e na universalização do acesso à educação. “Com a melhoria da educação básica também poderemos universalizar o acesso ao ensino superior. Hoje, menos de 15% dos jovens entre 18 e 24 anos entram na universidade. Isso representa um atraso social profundo para o nosso país”.
A UNE e os outros grupos defendem ainda que o dinheiro seja usado para a qualificação dos profissionais da educação, melhoria da estrutura das escolas e universidades, mais investimento em pesquisa, extensão e assistência estudantil.