De acordo com a polícia, a manicure telefonou para a escola onde João Felipe estudava, o Instituto de Educação Franciscana Nossa Senhora Medianeira, fazendo-se passar pela mãe do garoto. Ela teria dito que uma madrinha iria buscá-lo mais cedo para levá-lo a uma consulta médica. Com isso, Suzana conseguiu retirar o garoto do Instituto e levá-lo de táxi para o Hotel São Luiz, onde o asfixiou. O caso reacendeu a discussão sobre os procedimentos a serem adotados pelas escolas para garantir a segurança dos alunos.
O Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Rio de Janeiro (Sinepe) não define a gestão de cada escola, mas faz recomendações sobre a segurança. De acordo com o presidente do Sindicato, Victor Nótrica, as pessoas autorizadas a fazer o transporte das crianças devem ser cadastradas pela escola. Os responsáveis devem informar o nome e qualificação das pessoas credenciadas a buscar as crianças.
Em caso de dúvida, a escola deve entrar em contato com a família para ver se de fato procede a informação de que uma pessoa não credenciada poderá retirar a criança do local. O procedimento deve ser observado para alunos até o 9º ano. "Esse episódio é tão insólito que até se admite que a escola ou o porteiro atuaram de boa fé", disse Nótrica. "Mas, infelizmente na selva em que vivemos atualmente, a boa fé não é o suficiente."