Caminhada alerta crianças e jovens contra perigos do crack em Taguatinga
Um dos organizadores do evento, o empresário Carlos Roberto Gomes da Silva, 37 anos, explica que decidiu promover a 1ª Marcha contra o Crack e Outras Drogas como forma de ajudar a sociedade. %u201CO esclarecimento é a melhor ferramenta para combater as drogas. A conscientização precisa ser feita desde cedo%u201D, diz. Ele pretende repetir o evento a cada seis meses em Taguatinga e expandir a marcha em outras cidades do Distrito Federal, como Ceilândia, Paranoá e São Sebastião.
Para quem se livrou do vício, a prevenção é o melhor caminho para impedir que os jovens caiam nas drogas. %u201CO importante é evitar a primeira dose. Para isso, a informação e o lazer são os melhores caminhos%u201D, comenta Adenilson dos Santos, 36 anos, ex-dependente químico e coordenador da Casa de Recuperação El Shaddai, que trabalha com a recuperação de usuários de drogas.
Em tratamento há sete meses na El Shaddai, Henrique Soares, 24 anos, defende o reforço do auxílio aos moradores de rua para combater o crack, não apenas por meio de ações paliativas, mas retirando-os definitivamente da rua e os acolhendo em centros de recuperação. %u201CEles são a maioria dos pacientes e não têm condições de pagar tratamento%u201D, avalia.
Adenilson dos Santos defende ainda a promoção do esporte e da cultura nas comunidades para evitar que as crianças e os adolescentes passem a usar drogas. %u201CA partir do momento em que os jovens têm com o que ocupar a mente, as drogas não entram na vida deles%u201D, opina. Em relação às campanhas educativas, ele defende que as atividades sejam permanentes. %u201CNão adianta a escola promover uma semana de palestras e só voltar a repetir a ação no ano seguinte. A educação tem de ser no dia a dia%u201D, observa.