Está formado o júri que popular que irá julgar o caso de 26 PMs acusados pelo massacre de 15 detentos no complexo penitenciário do Carandiru, São Paulo, em 1992.
De um total de 50 jurados convocados foi escolhido um grupo formado por cinco mulheres e dois homens, informou o Tribunal de Justiça de São Paulo nesta segunda-feira. Marcada para começar às 9h desta segunda-feira, a sessão só foi iniciada às 10h58, horário de Brasília. A sessão será presidida pelo Juiz José Augusto Marzagão no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Para agilizar os trabalhos, Marzagão definiu três horas de debates e duas para réplicas e tréplicas, esquema devidamente acordado com acusação e defesa. Estarão em jogo as circunstâncias, mas também a vida pregressa tanto das vítimas quanto dos acusados. Uma estratégia da defesa será explorar, junto aos jurados, a condição de criminosos dos assassinados, enquanto a promotoria baterá na tecla da covardia usada e da violência policial. Dos 15 presos supostamente mortos pelos 26 PMs que serão julgados, apenas um foi golpeado com arma branca. O restante morreu alvejado por tiros de armas de fogo.
Dois dos 26 réus não compareceram ao julgamento. Argemiro Cândido e Reinaldo Henrique de Oliveira foram dispensados do juri por motivos de saúde, segundo o TJ. Um total de 83 policiais serão julgados pelo massacre de 111 presos em 2 de outubro de 1992.
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Dois dos 26 réus não compareceram ao julgamento. Argemiro Cândido e Reinaldo Henrique de Oliveira foram dispensados do juri por motivos de saúde, segundo o TJ. Um total de 83 policiais serão julgados pelo massacre de 111 presos em 2 de outubro de 1992.
Relembre o massacre
O início da rebelião que terminou nos 111 corpos empilhados e retratados em uma imagem que chocou o mundo é nebuloso. Alguns falam que a briga entre os detentos começou com uma disputa por um varal, outros defendem que a confusão teve relação com o controle da venda de drogas na cadeia. O fato é que, no início da tarde de 2 de outubro de 1992, o que poderia ser um entrevero comum no cotidiano da cadeia se transformou no pior massacre do país. Às 16h25, para conter a rebelião, a Polícia Militar entrou nas galerias do pavilhão. Vinte minutos depois, os 111 estavam mortos. Incidente já foi retratado em livro por Dráuzio Varella e em um filme de Hector Babenco.
O início da rebelião que terminou nos 111 corpos empilhados e retratados em uma imagem que chocou o mundo é nebuloso. Alguns falam que a briga entre os detentos começou com uma disputa por um varal, outros defendem que a confusão teve relação com o controle da venda de drogas na cadeia. O fato é que, no início da tarde de 2 de outubro de 1992, o que poderia ser um entrevero comum no cotidiano da cadeia se transformou no pior massacre do país. Às 16h25, para conter a rebelião, a Polícia Militar entrou nas galerias do pavilhão. Vinte minutos depois, os 111 estavam mortos. Incidente já foi retratado em livro por Dráuzio Varella e em um filme de Hector Babenco.
(Com agências)