Segundo comunicado distribuído nesta sexta-feira pela Chevron, a Stratus "detalha a participação da empresa e dos advogados dos demandantes na elaboração do laudo pericial de danos ambientais assinado pelo perito judicial Richard Cabrera, supostamente independente". Dessa forma, a companhia reitera a posição de que a decisão da Justiça do Equador foi obtida de forma fraudulenta. No começo de março, a Agência Estado noticiou que a Chevron havia solicitado ao STJ que rejeitasse os esforços de advogados norte-americanos para validar no Brasil a sentença bilionária do Equador.
"Estamos satisfeitos com a decisão da Stratus de revelar a verdade. Pedimos que outras pessoas com conhecimento da fraude cometida no julgamento no Equador se apresentem e façam o que é certo", destacou em nota o vice-presidente e conselheiro-geral da Chevron, Hewitt Pate.
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A discussão envolve a Texaco Petroleum, subsidiária indireta da Chevron, e uma investigação sobre danos ambientais cometidos por uma empresa da qual a Texaco detinha participação - controlada pela estatal Petroecuador. Segundo a Chevron, a Texaco teria "remediado sua parcela dos impactos ambientais na década de 90", postura que teria feito o Estado equatoriano eximi-la de qualquer responsabilidade adicional. Esse programa para remediar foi feito na segunda metade da década de 90 e contou com investimentos de US$ 40 milhões em iniciativas de replantio de áreas, limpeza de solo contaminado e fechamento de poços, entre outras ações.
A despeito da decisão anunciada pela Justiça equatoriana na oportunidade, advogados retomaram as discussões sobre os danos ambientais cometidos pela empresa e, em um processo marcado por dúvidas de fraudes e extorsões, obtiveram a decisão bilionária contrária à Chevron.