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Estado de Minas

Após adiamento, julgamento do Massacre do Carandiru é retomado

Na semana passada, trabalhos foram suspensos após uma jurada passar mal


postado em 15/04/2013 08:46 / atualizado em 15/04/2013 11:48

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)

São Paulo
– Depois de ter sido adiada na semana passada, tem início nesta segunda-feira a primeira etapa do julgamento dos acusados de envolvimento no Massacre do Carandiru. O júri popular acontece nesta manhã, no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Na semana passada, os trabalhos foram suspensos após uma das juradas passar mal.

Antes do início dos trabalhos desta manhã, o juiz José Augusto Nardy Marzagão sorteou os sete novos jurados. Seis homens e uma mulher compõe o júri, o que dá uma ampla maioria masculina. Na semana passada, haviam sido sorteados cinco mulheres e dois homens. Os jurados terão 40 minutos para a leitura das peças processuais do caso.
O maior massacre do sistema penitenciário brasileiro ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos e 87 ficaram feridos durante uma invasão policial para reprimir uma rebelião que ocorreu no Pavilhão 9 do Presídio do Carandiru, na capital paulista.

Devido ao grande número de réus envolvidos, 79 policiais, o julgamento será feito em etapas. A previsão é que a primeira fase dure entre uma ou duas semanas, período no qual os jurados deverão permanecer incomunicáveis.

Nesta primeira etapa, serão julgadas 26 pessoas, a quem são imputadas 15 acusações de homicídio qualificado. Os réus vão a júri popular neste primeiro momento são os policiais militares que entraram no segundo pavimento do presídio, onde foram mortos 15 detentos.

Serão julgados neste bloco: Ronaldo Ribeiro dos Santos, Aércio Dornelas Santos, Wlandekis Antonio Candido Silva, Roberto Alberto da Silva, Antonio Luiz Aparecido Marangoni, Joel Cantilio Dias, Pedro Paulo de Oliveira Marques, Gervásio Pereira dos Santos Filho, Marcos Antonio de Medeiros, Paulo Estevão de Melo, Haroldo Wilson de Mello, Roberto Yoshio Yoshikado, Fernando Trindade, Salvador Sarnelli, Elder Tarabori, Antonio Mauro Scarpa, Marcelo José de Lira, Roberto do Carmo Filho, Zaqueu Teixeira, Osvaldo Papa, Sidnei Serafim dos Anjos, Eduardo Espósito, Maurício Marchese Rodrigues, Marcos Ricardo Poloniato, Argemiro Cândido e Reinaldo Henrique de Oliveira.

A promotoria vai levar seis testemunhas para esta primeira fase de julgamento: quatro ex-presidiários e um agente penitenciário que estavam presentes no massacre, além do perito criminal Osvaldo Negrini. Já a defesa deverá levar o então governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho como uma de suas testemunhas, além do secretário de Segurança Pública à época, Pedro Franco de Campos, e três desembargadores que eram juízes criminais quando ocorreu o massacre.


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