Algumas comunidades deverão ser visitadas, a partir da próxima terça-feira, pelo responsável pelas viagens internacionais do papa, Alberto Gasparri. O representante do Vaticano ficará no Rio até o dia 27, quando será fechada a agenda do pontífice no Rio, com o Comitê Organizador Local (COL), presidido pelo arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta. Ainda no espírito da atenção aos viciados em drogas, está prevista a inauguração de um centro de atendimento e tratamento de dependentes químicos, nova unidade do hospital da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, na Tijuca (zona norte).
Em visita à comunidade de Mandela, no Complexo de Manguinhos, onde rezou uma missa na igreja de São Miguel Arcanjo, na terça-feira, 16, o secretário-executivo da Jornada, monsenhor Joel Portella Amado, evitou falar nos nomes das favelas que poderão ser visitadas pelo papa, mas disse que a segurança será um fator decisivo para a escolha. "Um local violento não coloca só o papa em risco, coloca os peregrinos também", afirmou.
Cerca de cem peregrinos deverão ficar hospedados em Mandela, 15 deles no salão da igreja e os demais em 50 casas oferecidas por moradores. "Eu nem acreditaria se nossa comunidade fosse escolhida para receber o papa", disse moradora Adriana de Souza Lima, de 43 anos, técnica em enfermagem e voluntária da JMJ, na terça. Depois da instalação das UPPs de Manguinhos e do Jacarezinho, as cracolândias se dissiparam, mas os usuários de crack passaram a vagar por áreas próximas, ao longo da Avenida Brasil. No Complexo de Manguinhos, no mês passado, três policiais da UPP foram afastados do trabalho de rua depois de serem acusados por moradores de participarem de um tiroteio que levou à morte de um jovem da comunidade.