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Depoimento do primeiro réu do Carandiru dura mais de 2hJúri do Carandiru é composto por sete homensPromotoria diz que armas dos presos foram "plantadas" no CarandiruNo júri do Carandiru, promotor pede absolvição de três réusEnquanto um dos quatro era interrogado, os outros três permaneciam fora do plenário a pedido da Promotoria, para que as suas versões dos fatos não fossem influenciadas.
Em comum entre os quatro réus, a afirmação de que a ação dentro do presídio no dia 2 de outubro de 1992 durou cerca de 20 minutos; que os policiais feridos só foram socorridos após a ação; que eles efetuaram entre dois e quatro disparos, mas não sabem se atingiu alguém; e que os embates ocorreram apenas no corredor, e não nas celas.
Quanto às contradições, os oficiais tentavam se justificar afirmando que o caso ocorreu há mais de 20 anos. O capitão Ronaldo, por exemplo, disse que um homem do seu grupo foi atacado a faca. Dornellas, contudo, não se lembrou da cena. Em outro momento, um dos soldados havia dito que o próprio Dornellas havia apreendido a arma pessoalmente. Ele, contudo, não se lembrou de ter recolhido a arma de presos.
Nesta etapa do julgamento do massacre do Carandiru, são julgados 26 dos 79 policiais militares acusados de participarem da invasão à Casa de Detenção, em 2 de outubro de 1992. Os 26 são acusados pela morte de 15 detentos no segundo pavimento do Pavilhão 9 do Carandiru.