Jornal Estado de Minas

Piloto admite superlotação em embarcação que matou 13 pessoas ao naufragar

O Leão do Norte levava 65 pessoas, mais que o dobro da lotação permitida

Étore Medeiros
Pelo menos 13 pessoas, entre elas quatro crianças, morreram em um naufrágio na Ilha de Marajó, no Pará, na noite de quinta-feira. O acidente aconteceu nas proximidades da cidade de Cachoeira do Irari. O piloto, Luís Inácio Lima, prestou depoimento à polícia e assumiu a superlotação. Ele foi preso em flagrante. Das 51 pessoas resgatadas com vida, nove foram hospitalizadas em Cachoeira do Irari e uma em Belém, mas o estado de saúde delas não foi divulgado

O barco Leão do Norte saiu do município de Chaves no início da tarde de quinta-feira, com destino a Belém, navegando pelo Rio Irari. Embora carregue o nome de iate, o Leão do Norte é uma embarcação modesta, habilitada para o transporte de, no máximo, 25 pessoas. No momento do naufrágio, às 23h de quinta-feira, no entanto, pelo menos 64 passageiros estavam a bordo. Há a suspeita de que alguns sobreviventes tenham ingerido o óleo que vazou da embarcação.