Jornal Estado de Minas

Dobra o número de transplantes do coração realizados no Distrito Federal

Flávia Maia
Os esforços para que o Distrito Federal continue líder na realização de transplantes de coração têm dado certo e a tendência é de zerar a fila de quem precisa da cirurgia – atualmente dez pessoas estão esperando o órgão. O desempenho de 2013 está em ritmo animador. Somente no primeiro trimestre do ano, a capital da República dobrou a quantidade de procedimentos na comparação com o mesmo período do ano passado. Seis pacientes já receberam o coração novo. Em todo o ano de 2012, eles somaram 18.
O crescimento no número de transplantes de coração se deve a uma série de fatores. Um deles é a melhoria do trabalho da Central de Captação de Órgãos dentro dos hospitais do DF, que aumentou o diagnóstico de morte cerebral e a identificação de possíveis doadores. Outro motivo foi a parceria entre o Ministério da Saúde e as Forças Armadas, que ampliou os mecanismos de busca de órgãos em outras unidades da Federação.

Depois de retirado de uma pessoa com morte encefálica, um coração precisa ser colocado no paciente em até quatro horas. Com essa agilidade, mais corações chegaram ao DF, o que permitiu o aumento dos procedimentos. Em 2012, metade dos transplantes de coração foram realizados com órgãos vindos de outros estados.

Outros destaques


O transplante de córneas também se tornou referência no Brasil. Com a fila zerada, este ano foram feitos 59 procedimentos. O transplante de fígado subiu 71%, foram de 12 cirurgias. Em 2012, no mesmo período, foram sete.
Outra área que ganhou destaque foi o transplante de rim, que passou de 22 cirurgias em 2012 para 27 neste ano, o que representa um aumento de 22,7% no número de operações. Neste primeiro trimestre foi realizado, ainda, um transplante de medula. Em todo o ano de 2012, foram quatro.

Mais doadores


O que contribui também para que o DF se transforme em destaque em relação as cirurgias de transplantes é o número de doadores que não para de crescer. Em 2012 eram 21,8 doações para cada milhão de habitantes e nos três primeiros meses deste ano atingiu a marca de 28 para cada milhão de habitantes.