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Crescem alertas de degradação na Amazônia, diz IbamaDesmatamento na Amazônia aumentou 91%Sistema vai monitorar degradação florestal amazônicaSer do bem faz bem: Mineiras criam rede coletiva de voluntáriosO ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que esteve na aldeia nesse fim de semana, ressaltou que a ação ajuda a complementar o acesso à saúde. “Ela reforça porque traz algumas especialidades que só é possível trazer em situações como essa, como cirurgia de catarata, de hérnia, de vesícula”, disse à Agência Brasil.
Além disso, o ministro ressaltou que o mutirão em áreas remotas serve de exemplo para os estudantes de medicina. “Também nos ajuda muito a despertar nas faculdades, entre os estudantes, nos jovens médicos, a vontade de participar de ações como essa. Saber que é possível salvar vidas na Região Amazônica”, acrescentou.
Com a ajuda do ministério e das Forças Armadas, foi possível levar atendimento a índios do Vale do Javari, um ponto da floresta de difícil acesso, segundo Márcia Abdala. “É uma logística que nós sozinhos jamais teríamos condições de fazer. Mas o apoio da Sesai e da Força Aérea fez com que a gente conseguisse chegar até lá para fazer a triagem e trazer para cá 60 pacientes cirúrgicos”.
Também estão sendo atendidos índios de comunidades do entorno da Santa Inês, que foi escolhida por ser um local de acesso mais fácil. Os indígenas que chegam de longe são hospedados na Aldeia Campo Alegre, vizinha à área onde estão os expedicionários. “Eles chegam em Campo Alegre, se alojam lá, são alimentados, e o barco a gente chama a cada dez minutos. Eles são atendidos e passam pela triagem. Quem é paciente cirúrgico já fica para o dia seguinte. E quem não vai fazer cirurgia aproveita para cuidar do dente, fazer seus óculos, esse tipo de especialidade”, explica Márcia.
Apesar do atendimento médico, os indígenas aproveitaram a presença do ministro para pedir melhorias para a aldeia. “Nós também queremos saneamento básico na nossa comunidade. Falta água nas casas”, destacou o cacique Firmino da Silva, que também pediu um hospital para a aldeia.
A melhoria do saneamento, segundo Padilha, está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). O plano é estender a rede de água do posto de saúde e da escola para as casas. “Agora vamos para o segundo passo, que é mapear, demarcar claramente cada casa, cada comunidade para identificar aqueles que ficam permanentes na comunidade para estender aquilo que já está na escola, no posto de saúde, em pontos coletivos, para a casa das pessoas”.
Segundo o ministro, será inaugurado um hospital de referência em Tabatinga (AM), município próximo à aldeia. “Você vai juntando várias comunidades como esta e tem um serviço de alta complexidade, onde terão os especialistas, as cirurgias”, disse Padilha.