"A vinda do papa explica nossa entrada", diz a PM do Rio sobre ocupações

Da Tijuca, na Zona Norte, à Zona Sul do Rio de Janeiro, o caminho está pacificado. Em meia hora %u2014 e sem disparar nenhum tiro %u2014, policiais militares ocuparam, na manhã de ontem, as favelas de Cerro-Corá, Guararapes e Vila Cândido, do Morro Cerro-Corá, no Cosme Velho %u2014 as únicas da região que ainda não contam com as unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A ação contou com 420 homens dos batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque e de Ações com Cães, além do Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM) e de policiais do 1º Comando de Policiamento de Área da Polícia Militar, com apoio de helicópteros. A 33ª ocupação ocorre a quase três meses da visita do papa Francisco à cidade para a Jornada Mundial da Juventude e a quase dois meses da Copa das Confederações. O Morro de Cerro-Corá fica ao lado da subida do Corcovado, onde está a estátua do Cristo Redentor %u2014 um dos principais cartões-postais da cidade %u2014, que será visitada pelo pontífice. A ação, segundo o relações públicas da PM do Rio, coronel Frederico Caldas, proporcionará mais segurança ao chefe da Igreja Católica e à população local. %u201CA vinda do papa e o aumento do fluxo turístico explicam a nossa entrada. O que acabou contribuindo para a ocupação foram os delitos que ainda estavam ocorrendo na região. O serviço de inteligência mostrava que os marginais estavam se refugiando aqui. Agora, eles perderam o território%u201D, ressaltou o coronel.