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Seguro-desemprego: direito conquistado com a Carta de 1988 A década que reconheceu os direitos do empregado domésticoTrabalhador conquistou décimo terceiro e FGTS na década de 1960Direito de greve, estabilidade no campo e descanso remunerado foram conquistas dos anos 1940No dia do trabalhador, CLT completa 70 anos Indústria acredita que CLT não acompanhou a evolução das relações de trabalhoProjetos no Congresso questionam direitos trabalhistasO jurista advertiu que as normas trabalhistas eram um problema e não uma solução. “A circunstância de o Direito do Trabalho estar inserido na Constituição é que permitiu a nós ultrapassarmos aquela conjuntura desfavorável”, ressaltou. O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Renato Henri Sant`Anna, também considera um avanço o fato de a Constituição Brasileira trazer garantias trabalhistas.
“Sei que alguns criticam esta matéria, já que deveria estar na lei e não na Constituição, mas a lei mostrou que de tempos em tempos sempre existem alguns movimentos querendo criticar a CLT, dizendo que é antiga, detalhista. Por isso, o fato de muitos direitos estarem na Constituição é um seguro que o trabalhador tem contra esse tipo de movimento”, avaliou.
Para o advogado sindical e ex-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados Brasil (OAB), Cézar Britto as normas de proteção ao trabalhador ainda precisam avançar. “Acho que a legislação brasileira regula apenas os direitos mínimos. No Brasil o sistema de proteção mínima ainda não é um sistema que permite a sobrevivência individual e coletiva do trabalhador. Assim como nós temos um sistema de proteção econômica de empresas, que impede que elas quebrem com a dispensa de impostos e injeção de recursos, é preciso que o trabalhador tenha a mesma proteção até porque isso custa muito menos e distribui muito mais a riqueza”, disse.
Na avaliação do advogado trabalhista, Wadih Damous, qualquer sugestão de mudança na legislação é controversa. Segundo ele, quando o assunto envolve trabalhadores “sempre se fala em supressão de direitos” e quem defende uma reforma da CLT sob essa ótica diz que é preciso fortalecer a negociação coletiva. “O problema é que enquanto não houver uma modificação na organização sindical isso é uma falácia. O Brasil talvez seja um dos países com maior número de sindicatos, muitos sem qualquer representatividade. , a grande maioria das categorias profissionais no Brasil ficaria sem proteção, porque os sindicatos não tem representatividade”, ponderou.