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Internação compulsória de menores usuários de crack só em casos extremosMais de 1,2 mil menores viciados em crack vivem nas ruas de São PauloDilma inaugura, no Rio, hospital com leitos destinados a dependentes de crack Homem dopado pela filha para se livrar das drogas recebe alta em São PauloMais oito estados aderem ao Programa Crack, é Possível VencerCrack causa 50% mais mortes de neurônios que cocaína, diz pesquisa da USPRio recebe bases móveis do programa Crack, é Possível VencerCracolândia fica sem 'bolsa anticrack'O pagamento da bolsa vai ser feito por meio de cartão bancário. A ideia do Cartão Recomeço é ampliar a rede de tratamento para os dependentes e, principalmente, a oferta de vagas para internação dos usuários. O trabalho desenvolvido pelo governo sofre críticas por causa da falta de vagas, especialmente após a instalação de um plantão judiciário no Centro de Referência de Tabaco, Álcool e Outras Drogas (Cratod), no Bom Retiro, centro da capital, ao lado da cracolândia - entre janeiro e abril, segundo o governo, cerca de 650 pessoas foram internadas após o atendimento no Cratod.
Proteção
Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na Faculdade de Medicina da Unifesp, que participou da criação do Cartão Recomeço, a vantagem do modelo é descentralizar o financiamento do tratamento. “Muitas famílias, mesmo de classe média, estouram o orçamento tentando pagar tratamento para o familiar dependente.” Com o cartão, diz Laranjeira, as famílias terão uma “proteção” para o caso de o parente ficar viciado. “A família poderá ter dinheiro para oferecer ajuda caso o dependente aceite uma internação.”
Inspiração
O programa que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) vai lançar é semelhante ao desenvolvido em Minas. Apelidado de “bolsa crack”, o cartão de lá é chamado Aliança Pela Vida e dá ajuda de R$ 900. A assessoria do Palácio dos Bandeirantes rejeitou o termo “bolsa crack” - segundo o secretário Garcia, o apelido é “maldoso”.
O governo também ressalta que o recurso é carimbado, só podendo ser sacado para pagamento em clínicas credenciadas. O plano envolve técnicos das Secretarias de Desenvolvimento Social, da Saúde e da Justiça. O pagamento sairá do orçamento da Secretaria de Desenvolvimento.