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Papa circulará pelo RJ em carro com vidro blindadoTreinamento para segurança do papa começa em brevePapa Francisco nomeia primeiros bispos brasileirosPapa terá encontro com jovens presidiários no RioPapa rezará missa em português em AparecidaUm dos motivos da preocupação do prefeito é a restrição aos deslocamentos nos pontos da cidade afetados pela visita papal, como o bairro de Copacabana (zona sul), a zona oeste (Guaratiba, Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Campo Grande, Santa Cruz e Paciência), a região da favela de Manguinhos (zona norte) e a área em volta da Quinta da Boa Vista (São Cristóvão, zona norte). "A gente busca minimizar os impactos. A gente não quer que os cariocas saiam do Rio de Janeiro, mas que entendam que o deslocamento na cidade, a mobilidade, vai estar bastante restrita", disse Paes, para quem a cidade terá, durante a estada do papa, "uma semana muito crítica".
"Não é um evento trivial. Em termos de logística, imprevisibilidade e número de pessoas reunidas no mesmo lugar, a complexidade é maior que a Olimpíada", disse o prefeito, ao estimar em 1,5 milhão a quantidade de visitantes que estará no Rio durante a JMJ.
Eduardo Paes apresentou parte do esquema montado pela prefeitura para os dias da Jornada. Entre 23 e 29 de julho, haverá dois feriados municipais integrais e dois parciais, como tentativa de atenuar os transtornos. O prefeito enviou à Câmara Municipal projeto de lei que decreta feriado no dia 23 de julho, uma terça-feira, a partir das 16 horas; feriado integral nos dias 25 e 26, quinta e sexta, e feriado até meio-dia no dia 29, segunda-feira. Para não prejudicar as atividades ligadas ao comércio e ao turismo, o feriado não valerá para lojas, shoppings, centros culturais, restaurantes e bares. Os alunos da rede municipal de ensino estarão de férias e voltarão às aulas em 1º de agosto.
Paes também proibirá a circulação de ônibus fretados nos dias da Jornada Mundial da Juventude. O prefeito calcula que 20 mil ônibus chegarão à cidade. Haverá três pontos de vistoria dos coletivos, na altura dos municípios de Cachoeira Paulista (SP) e Casimiro de Abreu (RJ) e em Itaipava, distrito de Petrópolis (RJ). Os ônibus receberão adesivos especiais e o roteiro para chegarem aos estacionamentos onde ficarão no período da Jornada. Os ônibus só poderão deixar os estacionamentos a partir do dia 28 de julho.
Para circular na cidade, os peregrinos usarão o sistema local de ônibus, trens e metrô, que funcionarão em horários especiais. Em Guaratiba, o trânsito de veículos será proibido em volta da área da vigília e da missa de encerramento e os fiéis terão de caminhar 13 quilômetros. Segundo o prefeito, câmeras de monitoramento serão instaladas no bairro para aumentar a segurança da população. Nos dois grandes eventos da Praia de Copacabana, a prefeitura seguirá o esquema do réveillon, com proibição de circulação de carros no bairro.
No dia 23 de julho, quando o arcebispo do Rio, d. Orani Tempesta, celebrará a missa de abertura da Jornada, sem a presença do papa, o acesso aos carros será limitado apenas na orla. Em Copacabana, são esperadas 500 mil pessoas na missa de abertura e pelo menos 1,5 milhão em cada um dos eventos com o papa Francisco.