Em entrevista à Agência Brasil, Wildys Feitosa disse que os índios estão orientados a procurar a equipe de técnicos e enfermeiros instalados em um laboratório montado no município de Manicoré. “A adesão tem sido positiva. Eles querem ser tratados o mais rápido possível”. Para Wildys, a distância de onde está situado Lago do Capanã Grande para Manaus faz com que os indígenas façam os exames aos poucos.
Wildys ressaltou que o acesso limitado às aldeias dificulta a identificação da doença. Há casos em que todos os membros da família têm a doença, mas não apresentam nenhum sintoma, fazendo com que o paciente não procure tratamento. “O problema é histórico e estava camuflado. Eles precisam de ajuda”.
Para que o tratamento seja eficaz, agentes indígenas de saúde monitoram os índios diagnosticados por meio do chamado tratamento diretamente observado, que consiste na observação da ingestão dos medicamentos, preferencialmente todos os dias, para evitar que abandonem o medicamento. “Muitos começam a tomar o remédio e pensam que já estão curados, abandonando a medicação”. A duração do tratamento é seis meses.
Wildys informou que haverá ações como essa durante todo o ano. A próxima ação será feita em junho em Boca do Jauari. Em agosto, será a vez de Punta Natal.