Com a morte do bebê, o pai de Lucas já anunciou que pretende entrar com ação contra o Estado. "Foi um absurdo o que fizeram com a vida do meu filho porque o tempo todo ficou patente o jogo de empurra por parte do governo do Estado", acusa Abrão.
Caso
O menino estava internado na Santa Casa desde o dia 1º, quando os médicos informaram aos pais que só uma cirurgia poderia curá-lo e que o procedimento só poderia ser feito na capital paulista, uma vez que a Santa Casa não possui uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para esse fim.
Na sexta-feira, 17, o Departamento Regional de Saúde da Baixada Santista afirmou que, de acordo com informações prestadas pela Santa Casa, a criança não apresentava condições clínicas nem para o procedimento cirúrgico e nem para remoção. De acordo com nota emitida pela Secretaria da Saúde, a Central de Regulação de Oferta de Serviço de Saúde (Cross), o bebê apresentava séria infecção no sábado, 18, impossibilitando sua transferência para outra unidade de saúde, conforme protocolos clínicos.
A Central de Regulação esclarece ainda que em momento algum a Santa Casa de Santos encaminhou laudo informando sobre a melhora do quadro clínico do paciente que permitisse sua remoção para atendimento na capital. "Nos boletins repassados, consta que havia quadro infeccioso vigente e que o bebê respirava apenas com a ajuda de aparelhos, havendo contraindicação da equipe para a correção cirúrgica imediata".