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“Isso pode não se manifestar na idade jovem, porque você tem mecanismos plásticos que podem dar conta disso dentro da idade adulta, nos jovens, adolescentes. Mas, na velhice, já tem uma perda neuronal e esses mecanismos não estão tão eficientes”, explica Marcourakis.
Como os estudos foram feitos apenas a partir de cultura de neurônios in vitro, os danos reais provocados pelo crack no cérebro do ser humano ainda são desconhecidos. Marcourakis acrescenta que, por se tratar de uma droga relativamente recente, ainda não é possível estudar as suas consequências no cérebro de viciados ao longo de muitos anos.