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Estado de Minas

Pastor acusado de estupro tem pedido de habeas corpus negado

O magistrado concluiu que os motivos que levaram à decretação da prisão preventiva continuam inalterados


postado em 28/05/2013 09:26

O juiz da 1ª Vara Criminal de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, Richard Robert Fairclough, indeferiu, na segunda-feira, o pedido de liberdade provisória feito pela defesa do pastor evangélico Marcos Pereira da Silva, da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD). O religioso, de 56 anos, está preso desde o dia 7 deste mês, acusado por dois crimes de estupro (contra fiéis de sua igreja) e coação no curso do processo (por ter ameaçado uma testemunha que depôs contra ele).

O magistrado concluiu que os motivos que levaram à decretação da prisão preventiva continuam inalterados. A decisão rechaçou ainda os argumentos da defesa de que faltaria legitimidade ao Ministério Público Estadual para propor a ação penal. Também concluiu não haver qualquer irregularidade nos atos praticados durante a investigação policial.

As denúncias do Ministério Público contra o pastor foram distribuídas para a 1ª e a 2ª Varas Criminais de São João de Meriti, cidade da Baixada Fluminense onde fica a sede da ADUD. O religioso teve a prisão preventiva decretada pelos dois juízos: no dia 2 de maio, pela 2ª Vara Criminal, e, no dia 8 de maio, pela 1ª Vara Criminal.

No último dia 9, a 3ª e a 8ª Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio negaram liminarmente dois pedidos de habeas corpus impetrados em favor do pastor Marcos Pereira da Silva. Caberá aos colegiados das duas câmaras julgar o mérito dos habeas corpus, em data ainda não estipulada.

Segundo as denúncias, o réu é pessoa de alta periculosidade e ameaça direta e indiretamente as pessoas que o contrariam. Ainda de acordo com o MP, o pastor utiliza-se de sua autoridade religiosa para amedrontar e aterrorizar suas vítimas.

O religioso ainda é investigado em outro inquérito da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) da Polícia Civil pelos crimes de associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e quatro homicídios. Marcos Pereira nega todas as acusações.


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