As vítimas que eram atraídas pela quadrilha chefiada por Gedalya recebiam dinheiro para venderem seus rins. As operações eram realizadas na África do Sul e a organização criminosa foi desarticulada pela Operação Bisturi da Polícia Federal, em dezembro de 2003. A prisão do israelense já foi comunicada ao Tribunal de Justiça de Pernambuco. “Estamos fazendo todos os esforços para que o acusado seja extraditado para o Recife e seja encaminhado para o presídio onde deverá cumprir sua condenação”, afirmou o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro.
Como cometeu outro crime, fugindo quando estava em liberdade condicional, Gedalya deverá ser julgado mais uma vez e terá sua pena aumentada.
O ex-oficial do Exército israelense foi preso no Aeroporto de Fiumicino, mas sua prisão só foi divulgada ontem pela polícia italiana. Tauber teve o livramento condicional revogado e a prisão decretada em 29 de outubro de 2010 pelo juiz Abner Apolinário da Silva. Antes de conseguir escapar do Brasil, o israelense chegou a ficar preso em várias unidades prisionais do estado até chegar à PAI, em março de 2007.
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PF faz operação contra tráfico internacional de pessoas no Distrito FederalServidores envolvidos na Máfia das Ambulâncias são exonerados após 7 anosOperação prende 5 acusados de tráfico de mulheresJustiça condena 11 policiais envolvidos com tráfico de drogas no RioA prisão de Gedalya Tauber aconteceu um mês depois que a Polícia Federal prendeu outra integrante da quadrilha desarticulada há dez anos. Eldênia de Souza Cavalcanti, 63 anos, foi presa em casa, em Boa Viagem, no dia 4 de maio. De acordo com as investigações, Eldênia auxiliava o marido Ivan Bonifácio da Silva, conhecido como Capitão Ivan, oficial reformado da Polícia Militar de Pernambuco, nas atividades que ele desenvolvia dentro da quadrilha.
Ainda segundo a polícia, ela costumava substituir o marido nas ausências, acompanhando os futuros vendedores de rins ao laboratório para realizarem os exames, providenciando os passaportes e até levando as vítimas até o embarque no aeroporto, além de funcionar como intérprete dos aliciados na África do Sul. Eldênia já havia sido presa, mas recorreu da sentença condenatória (de quatro anos, sete meses e 20 dias de reclusão) e aguardava a decisão em liberdade.