Vários flagrantes postados nas redes sociais mostraram abusos por parte da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), a tropa de choque de São Paulo, mostraram graves abusos da polícia durante repressão às manifestações contrárias ao aumento da tarifa das passagens de ônibus em São Paulo, na noite desta quinta-feira. Segundo informações do Movimento Passe Livre (MPL), mais de 100 pessoas ficaram feridas nos enfrentamentos.
Veja imagens dos protestos em São Paulo
Veja imagens dos protestos no Rio de Janeiro
Em um vídeo, um homem é ameaçado enquanto grava uma conversa com um policial. Irritado com a gravação, o militar pergunta se o homem irá pagar para utilizar a imagem e depois faz uma ameaça: “você vai desligar essa p* ou eu vou ter que fazer alguma coisa na sua cara?” Posteriormente, o manifestante é ofendido com palavras de baixo calão.
Outro vídeo mostra policiais disparando bombas de gás lacrimogêneo contra um grupo de pessoas que gritava as palavras “sem violência”, no canteiro central de uma avenida em São Paulo. As imagens revelam a tropa de choque se posicionando rapidamente e deflagrando o artefato, mesmo sem sinais de ameaça por parte dos manifestantes.
Situação parecida foi vivida por um outro grupo de manifestantes, que tentava conversar com militares da tropa de choque. Após algum tempo de argumentação, os envolvidos no protesto começaram, pacificamente, a gritar palavras de ordem, quando são dispersados por um jato de spray de pimenta.
Também houve relatos de feridos que não estavam envolvidos na manifestação. Uma professora que passava perto do local do confronto foi atingida na cabeça por uma bala de borracha, enquanto o carro de um motorista idoso teve um vidro quebrado por uma bomba de efeito moral.
PREFEITO ADMITE ABUSOS Durante a manhã desta sexta-feira, o prefeito de São paulo, Fernando Haddad, admitiu que a polícia agiu com violência contra os manifestantes: “Nos primeiros dias, a reação foi proporcional. Mas ontem (quinta-feira, 13), parece que o protocolo não foi cumprido”. A Secretário de Segurança Pública de SP, Fernando Grella, afirmou em nota que determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure episódios violentos.