Manifestantes causaram caos no trânsito na manhã desta sexta-feira, próximo ao Estádio Nacional Mané Garrincha. O tumulto começou por volta das 10h, durante um protesto do Movimento Copa Para Quem? - que promete repetir a ação neste sábado, data da abertura da Copa das Confederações.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 250 manifestantes bloquearam a passagem dos carros, com pneus queimados, nos dois sentidos do Eixo Monumental, provocando congestionamentos. A PM enviou um dos novos veículos blindados e helicóptero para conter a ação. Ao todo, 60 homens do Bope, Batalhão de Trânsito, Bombeiros e Polícia Militar reforçaram a segurança.
O chefe da Casa Militar, coronel Leão, negociou com os manifestantes, que deixaram o local. Bombeiros apagaram as chamas e remorveram os pneus, para liberar a pista, por volta de 11h10. A liderança do movimento se reúne com representantes do Governo do Distrito Federal neste momento.
"Nossa manifestação repudia o dinheiro que foi gasto na reforma do estádio", explica o corrdenador do movimento, Antonio Magalhães. As obras no Mané Garrincha começaram com a demolição da antiga arena, em maio de 2010 e custaram R$ 1,2 billhão. O protesto reúne cinco grupos diferentes - o mais forte deles é o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
É forte a presença da imprensa internacional, na expectativa para o evento esportivo. Emissoras de TV dos Estados Unidos e do Japão registram as imagens - a seleção nipônica enfrenta os jogadores brasileiros na partida inaugural.
Protesto nacional
A manifestação, organizada pela Frente Nacional de Movimentos, busca denunciar as violações de direitos humanos por conta da realização dos megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 - estão previstos protestos em 12 capitais. Entre as reivindicações do grupo, está a construção de 150 mil moradias populares e não privatização do Mané Garrincha, para que sedie campeonatos amadores e das escolas públicas.
O integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Edson Silva, disse que o movimento ainda apoia as manifestações em São Paulo. "Se for preciso vamos fazer ações aqui no Distrito Federal, em apoio aos protestos de São Paulo", afirmou.
Com informações de Ivan Iunes e Sheila Oliveira