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Alckmin insiste em 'vandalismo', mas diz que vai apurar ação da políciaAntes de ataque, coronel da PM parabenizou manifestantesManifestações em São Paulo deixam 105 feridosO tucano se disse espantado pelo fato de que, antes mesmo da conclusão da investigação policial a fim de saber se houve abuso policial durante as ações de desocupação de vias de trânsito na capital paulista, o prefeito de São Paulo vem a público condenar a atuação do órgão de segurança pública do Estado. "Chegou de Paris e disse: 'Há excesso da Polícia Militar!'".
O líder do PSDB afirmou sua "solidariedade integral" ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pela "firmeza" com que tem conduzido o processo, e à Polícia Militar do Estado que tem agido, segundo ele, "com equilíbrio, numa situação extremamente difícil" diante de um "bando de arruaceiros".
Aloysio Nunes Ferreira afirmou que "ônibus não são movidos à ideologia". "São movidos a diesel, alguns a gás. Isso custa", disse e citou o gasto de R$ 1,2 bilhão no ano passado com a gratuidade de passagens para algumas categorias como idosos e o desconto para os estudantes. Para ele, quem está por trás das manifestações são "partidos minúsculos" e "sem nenhuma representatividade eleitoral" que se colocam à margem da democracia. "O que interessa a eles, na verdade, é abalar as estruturas sociais", disse.
O vice-presidente da República, Michel Temer, pediu diálogo entre o poder público e os manifestantes. "É preciso dosar os dois lados do movimento e estabelecer o diálogo e encontrar uma solução", disse Temer, após evento na Escola Paulista de Medicina (EPM), em São Paulo.
Temer votou a condenar os atos de vandalismo ocorridos durante o protesto, salientou que a Constituição garante a liberdade de expressão, mas destacou: "a liberdade de expressão não significa de agressão e mesmo de depredação". O vice-presidente afirmou ainda que ainda não houve pedidos de ajuda federal dos governos paulista e da capital paulista para conter os protestos, que devem prosseguir na próxima semana.
Temer não quis comentar a reportagem do Wall Street Journal, que afirma que a tensão nos protestos na capital crescem com o desemprego e a inflação. "Isso nem vale a pena responder", concluiu.