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Imagens de protestos no Brasil são destaque em todo o mundoApós São Paulo, 27 cidades pelo mundo terão atos de protestoProtestos contra preços de passagens ganham tom políticoAlckmin insiste em 'vandalismo', mas diz que vai apurar ação da políciaAntes de ataque, coronel da PM parabenizou manifestantesPolícia usa gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra manifestantes em BrasíliaDezenas de manifestantes começaram a se concentrar na plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto, em frente à entrada da Estação Central do Metrô-DF, por volta das 9h40 deste sábado. Pouco depois das 10h, eles seguiram para o gramado atrás da rodoviária, onde permanecem reunidos. No Facebbok, a ação já tem mais de 12 mil curtidas.
O tenente-coronel da Polícia Militar, Alexandre Alves, já conversou com os manifestantes, ressaltando que será respeitado o direito constitucional de manifestação, contanto que seja pacífico. “A manifestação é permitida, desde que não haja impedimento de outros direitos, como o de ir e vir e o de proteção ao patrimônio público”, explicou.
A estudante Priscila Marinho Godinho, 19 anos, explicou que são vários os motivos para a manifestação, mas que o objetivo é uma forte mobilização contra a corrupção de forma geral. O grupo aproveita para se solidarizar com o grande movimento contra o aumento nas tarifas de ônibus que ocorre em São Paulo. “A data foi escolhida por conta da abertura da Copa , para ter visibilidade nacional e internacional”, ressaltou.
Cinco detidos
Manifestantes causaram caos no trânsito na manhã desta sexta-feira, próximo ao Mané Garrincha, e resultaram na detenção de cinco pessoas. O tumulto começou por volta das 10h, durante um protesto de várias entidades contra o dinheiro que foi gasto na reforma do estádio.
Segundo a PM, cerca de 250 manifestantes bloquearam a passagem dos carros, com pneus queimados, nos dois sentidos do Eixo Monumental, provocando congestionamentos.
Torcedor seguro
Mesmo com o clima tenso, a entrada no estádio foi liberada às 12h e ocorreu normalmente e sem filas. Hiroshi Aoki, 44 anos, deixou a fábrica de eletrônicos onde trabalha, no Japão, para acompanhar a estreia da seleção japonesa na Copa. Ele elogiou a organização do evento, mas ficou surpreso com a manifestação. “Tenho um pouco de medo. Não sei o que pode acontecer. No Japão não temos muitas manifestações como essa , mas, quando ocorrem, costumam ser reprimidas rapidamente”.
O analista de sistemas Isânio Lopes, 28, defendeu a legitimidade do protesto. “Acho que o pessoal tem o direito de protestar. Eles estão buscando a repercussão que certamente o evento trará”, disse.
Com informações de Rafael Campos, Gabriella Furquim e Ariadne Sakkis