Ao menos 31 pessoas, entre elas 20 policiais militares (PMs), ficaram feridas durante a manifestação no centro da capital, na noite de ontem (17). Onze civis foram encaminhados para o Hospital Municipal Souza Aguiar, na Praça da República. A Secretaria Municipal de Saúde informou que oito pessoas já foram liberadas e três permanecem internadas na unidade, com quadro estável. No mesmo protesto, 13 pessoas foram presas em flagrante e outras 14 detidas. Segundo a Polícia Civil, nove foram presos por formação de quadrilha, uma por furto e três por receptação. Todos os envolvidos foram conduzidos à 5ª Delegacia de Polícia (Lapa).
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Dois menores foram apreendidos: um por ato infracional análogo a furto e outro por ato infracional análogo à formação de quadrilha. Eles foram encaminhados à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Segundo a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, os 20 PMs feridos foram socorridos no local e alguns foram levados para hospitais da cidade. Um deles teve o braço quebrado após ser espancado por um grupo de manifestantes e outro foi ferido na cabeça. A secretaria ainda não informou o estado de saúde dos policiais.
A ação no centro da capital fluminense reuniu grande número de pessoas que protestavam contra o aumento da passagem, de R$2,75 para R$2,95, e os gastos excessivos para a realização da Copa do Mundo e da Copa das Confederações no Brasil. Por volta das 20h, o ato ficou violento. Dois carros foram queimados e coquetéis molotov foram atirados contra a Assembleia Legislativa do estado. O Paço Imperial, na Praça XV, a Igreja do Carmo, agências bancárias e estabelecimentos comerciais também foram alvo de manifestantes.
Investigadores já estão analisando imagens de câmeras de segurança próximas ao local da confusão, bem como imagens divulgadas pela imprensa para identificar outros manifestantes que depredaram lojas, carros e prédios públicos na região. A polícia também já solicitou imagens da Alerj e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio).