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Novos protestos são convocados para amanhã em SPCerca de 5 mil pessoas protestam em Juazeiro do Norte Depois de protesto, Rio amanhece com lojas depredadas e saqueadas e patrimônio público destruídoManifestantes prometem voltar às ruas após protesto histórico no BrasilBrasileiro se diz insatisfeito com serviços públicosImprensa internacional foi mais crítica ao Brasil em 2013Depredações e saques mudam tom de protestos em São PauloO texto chama atenção para a presença em massa de brasileiros nas ruas - "200 mil". "O movimento de contestação, lançado nas redes sociais, denuncia a alta do custo dos transportes públicos e a fatura do Mundial 2014", explica a reportagem. "Trata-se das mais importantes manifestações sociais desde as realizadas em 1992 contra a corrupção no governo de Fernando Collor de Mello." Ainda em Paris, os jornais "Libération", de esquerda, e Le Figaro, de direita, foram no mesmo tom. O primeiro usou como título "O Brasil se inflama", "para denunciar a alta do custo dos serviços públicos, as despesas faraônicas para a organização do Mundial 2014 e a corrupção das autoridades locais".
Em Londres, o jornal "The Guardian" - que também colheu depoimentos de brasileiros e ingleses - levou o tema à manchete de capa do portal ao longo do dia, chamando: "Brasil se levanta em protestos contra serviços e custos da Copa do Mundo". Em outro texto, o jornal questiona: "O Brasil vai contar os custos de sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas?". "A opinião divide-se sobre se o dinheiro gasto poderia ser melhor usado na saúde e educação", escreve o diário. "O custo para o erário público e as comunidades afetadas podem ser enormes, gerando críticas de que o dinheiro poderia ser melhor gasto, em lugar de premiar projetos de prestígio para as empreiteiras."
Na Espanha, o jornal "El País" manteve o assunto nos principais tópicos do dia. O escritor e jornalista Juan Arias enumerou questões para tentar entender os protestos, arriscando respostas e sugerindo uma postura aos jovens manifestantes: "Que o façam sem violência porque violência já existe de sobra neste País maravilhoso que sempre preferiu a paz à guerra".