Jornal Estado de Minas

Em São Paulo, 47 pessoas são presas por saques e depredações

Tropa de Choque entrou em confronto com manifestantes na Rua Augusta

Agência Brasil Agência Estado

A Tropa de Choque da PM paulista agiu contra os manifestantes - Foto: Daniel Guimaraens / AFP

 Ao menos 47 pessoas foram presas por saques e depredações de lojas no centro da capital paulista, na noite desta terça-feira (18). Segundo a polícia, o grupo é formado por moradores de rua e usuários de droga. Entre os produtos apreendidos com os detidos estão televisores de plasma, micro-ondas, jogos de copos e talheres, roupas e até um fogão de quatro bocas, que era carregado em plena Praça da Sé.

 Veja imagens do tumulto durante o último protesto em São Paulo

 

A Tropa de Choque agiu contra manifestantes por volta das 23h. Segundo a Polícia Militar, um grupo estava cometendo atos de vandalismo na Rua Augusta. A Polícia Militar tinha entrado em confronto com um grupo que depredou a fachada da prefeitura e destruiu duas agências bancárias na Praça do Patriarca. Alguns ativistas atearam fogo a um carro de transmissão da Rede Record e saquearam lojas. Pessoas carregavam eletrodomésticos, como televisores de cristal líquido (LCD).

 Nos últimos minutos desta terça-feira, a Polícia Militar informou em sua conta o Twitter que a Tropa de Choque atuava em atos isolados de vandalismo na Rua Augusta. Há um esforço da corporação em distinguir grupos radicais da maioria de manifestantes pacíficos na Avenida Paulista.

 A manifestação começou pacificamente na Praça da Sé, centro da capital paulista. Além da reivindicação principal, pela redução do preço do transporte, os ativistas também se manifestavam contra os gastos excessivos com as obras da Copa do Mundo, pedindo mais recursos para a saúde e educação.

 O ato desta terça-feira (18) foi o sexto promovido pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o reajuste das tarifas de ônibus, trens e metrôs que entrou em vigor no início do mês.O prefeito Fernando Haddad (PT) dará coletiva às 10h desta quarta-feira para comentar os protestos.