Lixo espalhado pelas ruas, estilhaços de vidros e prédios danificados em vários pontos do centro de São Paulo dão a dimensão dos estragos provocados na região ao fim do sexto dia de manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público na noite dessa terça-feira, 18. Após início pacífico do ato, um pequeno grupo atacou a sede da Prefeitura e as lojas da Rua Direita. Na manhã desta quarta-feira, 19, ainda era possível ver objetos queimados pelo chão e os danos causados nas fachadas de edifícios.
Veja imagens do tumulto durante o último protesto em São Paulo
Leia Mais
Manifestantes fazem protesto no prédio onde mora HaddadProtestos no Brasil ecoam nas comunidades brasileiras no exterior Depredações e saques mudam tom de protestos em São PauloHaddad admite rever o aumento da tarifa de ônibusEm São Paulo, 47 pessoas são presas por saques e depredaçõesApós protesto em São Paulo, 29 lojas e 189 lixeiras foram depredadas Manifestantes bloqueiam rodovias em São PauloManifestantes protestam na manhã desta quarta-feira contra aumento das passagens na periferia de São PauloPelo segundo dia consecutivo, jornais estrangeiros destacam manifestações do BrasilNo entorno, diversos estabelecimentos comerciais foram arrombados e saqueados. Duas agências bancárias ficaram bastante danificadas. "Sou a favor dos protestos, mas muitos se apropriam do movimento para praticar vandalismo", afirma André Yashiro, de 37 anos, coordenador de uma loja de presentes, que teve a porta e o estoque destruído. Segundo ele, que ainda não estimou o prejuízo, a polícia orientou os comerciantes que só fossem para o local de manhã para evitar conflitos com vândalos. O vigilante Márcio Nunes, de 33 anos, diz que entende a postura mais violenta. "É culpa dos governantes que fazem absurdos com a sociedade". As paredes do prédio histórico do Teatro Municipal também foram pichadas.