A manifestação no centro do Rio de Janeiro, que seguia pacífica até agora, teve um momento de tensão no encontro entre participantes e grupos filiados a partidos políticos e entidades, que portavam bandeiras da União da Juventude Socialista (UJS), do PSTU e da União Nacional dos Estudantes (UNE). Agora há pouco, manifestantes soltaram cinco morteiros no local onde os grupos portavam as bandeiras e todas foram baixadas. Agora só são vistas na passeata bandeiras do Brasil.
Durante a discussão, enquanto pessoas gritavam para que as bandeiras da UJS, do PSTU e da UNE fossem baixadas, os membros dessas entidades e partidos contra-argumentavam com frases como "sem fascismo" e "democracia". A discussão só acabou com a explosão dos morteiros, quando as bandeiras partidárias foram baixadas.
Para um estudante que se identificou apenas como Fernando, esses partidos e entidades estão sendo oportunistas. "Isto aqui é uma marcha neutra. Não deve ter bandeira para fazer propaganda, não temos urna eleitoral", disse.
Na defesa dos partidos e da UNE, uma manifestante, que também não quis se identificar, lembrou que os partidos estão à frente da marcha desde o inicio e que a organização de hoje, pela primeira vez com carro de som, se deve a esses partidos. "São essas organizações que pautam a manifestação quando só tinham 50 pessoas confirmadas no começo. Sofreram toda a violência e conseguiram lançar o estopim para o que estamos vendo hoje", disse.
Durante a passeata com rumo à prefeitura do Rio, há cartazes e faixas de protesto pelo passe livre, educação, contra o governador Sérgio Cabral e pelo uso obrigatório de serviços públicos por políticos. "Oooo Brasil, vamos acordar, o professor vale mais que o Neymar " e "Feliciano, não esquecemos de voce", são alguma das palavras de ordem ouvidas durante a manifestação.
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