Jornal Estado de Minas

Manifestantes programam quarto protesto em Fortaleza

Ato questionará construção de aquário pelo governo estadual

Agência Estado

segundo protesto na capital cearense, que ocorreu no último dia 19, reuniu cerca de 30 mil pessoas - Foto: YURI CORTEZ / AFP

 Um quarto protesto em Fortaleza está planejado para a noite desta sexta-feira, 21, no Centro Cultural Dragão do Mar, na Praia de Iracema. Os manifestantes desta vez vão protestar contra a construção do Acquário Ceará, uma obra prometida pelo governador Cid Gomes (PSB) para alavancar o turismo no Estado. Os manifestantes consideram a obra desnecessária,

 Os manifestantes vão se concentrar no Centro Cultural e de lá a princípio não pretendem sair. A convocação é feita por estudantes através das mídias sociais. Não há um movimento específico que está organizando esta manifestação de hoje.

 

Nos três protestos anteriores os manifestantes foram difusos em suas reivindicações. O primeiro na segunda-feira (17), quando saiu da Praça da Gentilândia e foi até o hotel Marina Park, onde estava concentrada a Seleção Brasileira. Este manifesto foi a princípio para reivindicar redução da tarifa de ônibus em Fortaleza. Houve depredação no hotel e num carro de reportagem.

 O segundo protesto aconteceu na quarta-feira,19, dia do jogo Brasil 2x0 México, na Arena Castelão. Puxado pelo Movimento Mais Pão, Menos Circo, o protesto reuniu 30 mil pessoas, que chegaram a se confrontar com a Polícia. Resultado de dezenas de manifestantes feridos, seis jornalistas atingidos e 50 policiais feridos, além de depredação de placas, canteiros de avenidas e o incêndio de uma viatura da Autarquia Municipal de Fortaleza,

 O terceiro protesto ocorreu na noite desta quinta-feira, 20.O Movimento Passe Livre (MLP) chamou a manifestação com concentração na Praça Portugal. Cerca de 5 mil saíram em passeata até a Assembleia Legislativa e de lá seguiram para o Palácio da Abolição (sede do Governo do Estado). Ao chegar no Palácio aproximadamente 200 pessoas jogaram pedra, pau e garrafa contra a vidraça do gabinete do governador Cid Gomes.

 Os manifestantes também quebraram uma agência da Caixa Econômica que fica nas proximidades, tomaram banho no espelho d'água do Palácio e espalharam lixo na Avenida Barão de Studart, onde fica a sede do Governo. Resultado foi a que a Polícia prendeu 60 pessoas, sendo que quatro continuam detidas acusadas de incitação a violência e danos aos patrimônio público.