O Movimento Passe Livre (MPL) em São Paulo, que promoveu sete protestos na cidade desde o dia 6 de junho, não convocará novas manifestações na capital, anunciaram integrantes da grupo nesta sexta-feira, 21. O motivo é a participação de ativistas de causas não apoiadas pelo grupo, como criminalização do aborto e redução da maioridade penal. Os protestos em outras cidades do País, que tiveram início após atos em São Paulo, podem continuar conforme a decisão dos membros do movimento no restante do Brasil.
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“A suspensão de novos atos não tem nada a ver com a participação de partidos”, disse Siqueira.“A suspensão de novos atos é por dois motivos simples. A gente vai ter que analisar e fazer uma reflexão profunda com as pessoas que são aliadas da gente na luta contra o aumento de que atitude tomar. Nada é feito por acaso. A segunda coisa é que muita gente da direita, com pautas que a gente discorda totalmente, estão se aproveitando dos atos.”
No protesto de quinta-feira, manifestantes do PT foram hostilizados por participantes da passeata que não queriam a presença de partidos no ato. Em nota em sua página no Facebook, o Passe Livre, que afirma ser "um movimento social apartidário, mas não antipartidário", repudiou os "atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje (quinta), da mesma maneira que repudiamos a violência policial". "Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos", diz o texto.