O La Nación dedicou metade da capa ao assunto com foto dos manifestantes no espelho d'água do Palácio do Itamaraty. "Brasil estremece: violência no maior dia de protestos", titulou.
O La Nación disse que mais de um milhão de pessoas saíram às ruas apesar das concessões feitas pelo governo ao reduzir as tarifas do transporte coletivo. O foco da cobertura foi a violência que tomou conta dos protestos. "A festa no Brasil se transformou em um pesadelo", disse o jornal, que também fez uma ampla cobertura do assunto em uma página e meia.
O diário econômico Ámbito Financiero também colocou o Brasil na primeira página, embora com menor destaque. E chamou a atenção para "o desafio que cresce e inquieta" e para a "surpresa de que a imprensa seja alvo da ira dos manifestantes". Em duas páginas de cobertura, o jornal destacou ainda que "o transporte no Brasil é de terceiro mundo, mas tão caro quanto no primeiro".
O El Cronista disse que "o Brasil protesta porque permanece a desigualdade". A imagem de potência emergente que o Brasil consolidou na última década não foi suficiente para um grande setor da população que ganhou as ruas nas últimas duas semanas com protestos em massa.