"Antes de me bater, ele disse que se eu tinha emprego deveria agradecer ao seu partido", afirmou o manifestante agredido. Ao ser escoltado para fora da multidão, com a cabeça ensaguentada, Nascimento retrucou: "muito obrigado, PT".
Um grupo de quase 150 defensores da legenda foi hostilizado na passeata que tomou a Avenida Paulista à noite. Sob gritos de que o movimento é apartidário, os demais ativistas expulsaram os militantes. Além do empurra-empurra, uma bandeira da sigla foi queimada.
O Movimento Passe Livre esclareceu que não é contrário à participação de pessoas ligadas a legendas. Em nota na sua página no Facebook, o MPL afirma que é "um movimento social apartidário, mas não antipartidário" e repudiou os "atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje (quinta), da mesma maneira que repudiamos a violência policial".
Guilherme Nascimento levou 14 pontos na parte de cima da cabeça e está sob observação médica até este sábado, 22. As próximas tomografias ainda revelarão se houve ferimentos mais graves. Depois de participar de quase todas as manifestações na capital, ele ainda pretende voltar às ruas. "Devemos continuar os protestos, mesmo com a redução da tarifa. Não fui às passeatas para brigar, mas lutar pelos nossos direitos."