Jornal Estado de Minas

Jovens seguem acampados perto da casa de Cabral

AgĂȘncia Estado
Cerca de 20 jovens continuam acampados na Avenida Delfim Moreira na esquina da Rua Aristides Espínola, no Leblon, onde mora o governador Sérgio Cabral, apesar da chuva fina. As três barracas de camping usadas pelos manifestantes foram movidas para o canteiro central da avenida, na orla da praia, e cobertas por toldos. Um violão animava a manifestação.
Cartazes criticando a falta de recursos para saúde e educação e acusando Cabral de corrupção foram colocados no asfalto da avenida, fechada ao trânsito em seu trecho final.

Em frente ao bloqueio feito pela Polícia Militar, que fechou a rua onde mora o governador na quadra da praia, um grupo de manifestantes fazia discursos, organizados em fila. Eram acompanhados de perto por alguns dos cerca de 20 policiais que faziam a segurança do bloqueio na esquina com a Delfim Moreira.

Um manifestante que pintava uma faixa pela desmilitarização da PM disse que o grupo esperaria no local pela chegada da passeata que saiu há pouco de Copacabana. O trajeto do Posto 4, na Avenida Atlântica, para onde foi marcada a concentração da passeata, até o fim do Leblon, tem em torno de 5 km.

Vizinho ao prédio do governador, o restaurante Antiquarius, um dos mais caros e sofisticados do Rio, está sofrendo as consequências do movimento "Ocupe Delfim Moreira". Na noite de sexta-feira, quando manifestantes tentaram chegar ao edifício onde mora Cabral, o restaurante fechou as portas. Durante todo o fim de semana, a movimentação caiu, porque o quarteirão está fechado aos carros e os clientes têm que seguir a pé, se autorizados pelos policiais militares a entrar na área restrita.