Jornal Estado de Minas

Após ataques, funcionários trabalham para restaurar Palácio do Itamaraty

No total, foram destruídas 62 vidraças, o tampo de uma mesa e um abajur. O levantamento total de prejuízos está em fase de elaboração

Correio Braziliense

Prédio ficou muito destruído, mas acervo de obras raras, que fica no interior do edifício, não foi atingido - Foto: Antonio Cruz/ABr

 Após quatro dias dos ataques ao Palácio Itamaraty, durante protestos em Brasília, os funcionários trabalham nesta segunda-feira (24/6) na tentativa de colocar o prédio em ordem e restaurar a imagem externa de um dos edifícios mais bonitos e visitados da cidade. No total, foram destruídas 62 vidraças, o tampo de uma mesa e um abajur. O acervo de obras raras, que fica no interior do edifício, não foi atingido. O levantamento total de prejuízos está em fase de elaboração.

 

Porém, do lado de fora do palácio havia mais de dez pichações – inclusive uma com a palavra corrupção, no portão da garagem do secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Eduardo dos Santos. O prédio do Palácio Itamaraty, conhecido também como Palácio dos Arcos, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O local está entre os mais visitados da Esplanada dos Ministérios. No interior do prédio, é possível admirar exemplos da arquitetura moderna e também obras de arte do patrimônio nacional.

 No Itamaraty há painéis de Athos Bulcão, Rubem Valentim, Sérgio Camargo, Maria Martins e afresco de Alfredo Volpi. O paisagismo foi feito por Roberto Burle Marx. O projeto de construção do prédio levou anos para ser concluído devido às dificuldades técnicas para atender às inovações da proposta. O Palácio Itamaraty é formado por três edifícios: o prédio principal e os anexos 1 e 2, sendo que este último é conhecido como Bolo de Noiva. Em frente ao edifício, sobre o espelho de água que foi invadido por manifestantes, está a escultura batizada de Meteoro, de Bruno Giorgi.