Para reforçar o sistema de defesa civil e manter comunidades mobilizadas contra desastres naturais, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) instalou hoje (24) dez pluviômetros para medir a quantidade de chuvas em Petrópolis, na serra fluminense. Os equipamentos foram instalados em áreas de risco e serão operados pelos próprios moradores. Segundo o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, cerca de mil pluviômetros iguais aos de Petrópolis, do tipo semiautomático, serão instalados em todo o país até o final do ano. Foram colocados mais 20 no estado de São Paulo e em Santa Catarina. %u201CAgora vai rápido, antes das chuvas de verão vamos instalar o restante%u201D, disse. Para operar os equipamentos, a defesa civil de Petrópolis treina moradores de dez comunidades, que vão checar os pluviômetros e avisar quando o nível de chuva estiver acima do normal. Segundo Nobre, os moradores completarão informações hidrometeorológicas e ajudarão na mobilização da comunidade, organizando a ida para os abrigos municipais, quando for o caso. O maior desafio no enfrentamento a desastres naturais é a complementariedade de equipamentos e estratégias de gestão de risco, avalia o secretário. %u201CPor limitações técnicas são necessários vários pluviômetros. Aliado a isso, tem que haver um sistema que comunique os riscos de desastres rapidamente a população via defesa civil%u201D, afirmou. Mais 3 mil pluviômetros automáticos serão instalados pelo ministério em cerca de um ano. Estes operam sem auxílio dos moradores e repassam informações em tempo real para os centros estaduais de defesa civil, que atuam com as prefeituras. Nove radares meteorológicos devem ser instalados em 2013. O equipamento custou ao governo federal R$ 8 milhões cada um. Os radares vão completar as informações do sistema nacional de defesa civil. As prioridades são as regiões metropolitanas de Salvador (BA), Maceió (AL), Natal (RN), Campo Grande (MS) e o norte de Minas Gerais (MG).