No Rio de Janeiro, o presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe (PMDB) deu o seu aval à instauração da CPI dos Ônibus, proposta pelo vereador Eliomar Coelho (PSOL), na manhã desta quarta. O requerimento obteve 27 assinaturas, 10 a mais que o mínimo necessário. Duas horas antes da aprovação pela Câmara, o Tribunal de Contas Municipal do Rio de Janeiro decidiu arquivar um processo que investigava formação de cartel nos contratos das quatro concessionárias responsáveis pelas linhas de ônibus na cidade.
Curitiba e Maringá
Em Curitiba, o número mínimo de assinaturas obtidas (13) viabilizou a instalação da CPI, que deve ter início ainda nesta semana. O requerimento que cria a comissão foi protocolado nesta quarta, e um novo texto de autoria do presidente da Casa, Paulo Salamuni (PV), substituiu a proposição apresentada inicialmente por José Carlos Chicarelli (PSDC). A decisão de reescrever o requerimento foi tomada por consenso, na tentativa de evitar questionamentos jurídicos futuros. A CPI investigará possíveis relações financeiras entre as empresas de transporte coletivo e a Urbs - autarquia municipal que administra os contratos com essas empresas.
A pouco mais de 400 quilômetros da capital paranaense, a cidade de Maringá também terá instalada uma CPI para apurar o contrato de concessão de serviço assinado pela empresa Transporte Coletivo Cidade Canção. O anúncio da instalação foi acompanhado por 80 manifestantes na noite de terça-feira e os vereadores estipularam um prazo de 90 dias para o fim das investigações.
Campinas
As manifestações populares contra o aumento das tarifas de ônibus também reativaram a discussão sobre a abertura de uma CPI dos Transportes em Campinas. O pedido do vereador Paulo Búfalo (PSOL) está na Câmara desde janeiro, mas ainda requer seis assinaturas. A investigação terá como ponto de partida um decisão de 2012 do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que apontou irregularidades nos procedimentos de licitação e orientou que fossem feitos novos contratos.