Apesar das manifestações ocorridas no país nas últimas semanas, muitas com ações de vandalismo, o governo brasileiro está tranquilo em relação à segurança do papa Francisco e dos mais de 2 milhões de católicos que virão ao Brasil em julho próximo para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), disse nesta sexta-feira à Agência Brasil o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República. O evento está programado para o Rio de Janeiro, no período de 23 a 28 de julho.
Após reunião esta tarde, no Palácio Guanabara, com o governador Sergio Cabral, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, o ministro disse que a vinda do papa, a seu ver, vai ajudar a elevar o nível desse processo de movimentos populares. “É uma chamada para a solidariedade e a fraternidade, que vai ao encontro da boa energia que está na rua. Nós achamos que, até lá, vai haver um processo de purificação, digamos”.
Carvalho ressaltou que nos próximos 30 dias, “muita coisa vai rolar ainda”. Observou que as manifestações estão cada vez mais repudiando o que é vandalismo. “Está havendo uma separação. A gente acha que até lá, vai estar ainda mais decantado. E, portanto, nós não estamos mais preocupados com esse aspecto”, disse. Para o ministro, embora as manifestações continuem, a Jornada Mundial da Juventude vai contribuir para o bom andamento do processo.
Durante o encontro, foram debatidos os últimos preparativos para a JMJ, incluindo questões de logística relativas à vinda do papa Francisco. “Foi uma espécie de revisão dos preparativos. Passamos a ele [arcebispo] a segurança de que tudo será feito para que tudo ocorra da melhor maneira possível, o Estado brasileiro assegurando não apenas a logística, mas todo o funcionamento da cidade, do país, naqueles dias”, declarou o ministro.