Segundo Adherbal, o número de manifestantes varia ao longo do dia. Em alguns momentos, chega a 300, mas pelo menos 70 pessoas se revezam na ocupação permanente das tribunas. O plenário é ocupado apenas à noite para os manifestantes montar acampamento. “Durante o dia, o plenário está livre para as sessões. Não queremos atrapalhar o trabalho dos parlamentares até porque esperamos uma resposta deles”, ressalta.
O presidente da associação destaca que a mobilização é ordeira e civilizada. “Passamos aspirador de pó no plenário para fazer uma limpeza simbólica da Câmara”, diz. Segundo Adherbal, o prédio chegou a sofrer pichações provocadas por vândalos de fora do movimento, mas a associação se mobilizou para limpar a fachada do prédio.
A ocupação foi motivada pelo vazamento de uma conversa entre a presidente da CPI, vereadora Maria de Lourdes Castro (PMDB), o vice-presidente, Tavores Fernandes (DEM), e um assessor, que seria o autor da gravação. No áudio, de 42 minutos, eles mostram preocupação de que a investigação possa chegar ao secretário de Relações de Governo e Comunicação de Santa Maria, Giovani Mânica, e ao prefeito Cezar Schirmer.
Os parlamentares também reclamam da mudança de postura da relatora da CPI, Sandra Rebelato (PP). Na gravação, o trio critica a relatora por supostamente pressionar outros integrantes da comissão para que as investigações não dessem em nada. Maria de Lourdes também critica o procurador jurídico da Câmara, Robson Zinn, por se omitir em relação à postura da relatora.