Torcedores que estão dentro do Estádio do Maracanã começam a sentir os efeitos do gás de pimenta, usado no confronto entre policiais e manifestantes, do lado de fora. O gás também atingiu voluntários e seguranças nos acessos ao estádio.
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Do lado de fora, minutos antes de a seleção entrar em campo, correria e tumulto marcaram a ação da Polícia Militar (PM), que usou bombas de efeito moral, reagindo a ataque de manifestantes. Voluntários saíram correndo, tentando se proteger, e correram para a frente do estádio, na altura da estátua do jogador Bellini.
No local, onde fica a entrada de prestadores de serviço, profissionais conhecidos como seguranças privados se deslocaram para dentro das tendas, mas o gás se espalhou e atingiu quem trabalhava nas imediações. Os que resistiram na porta da tenda lacrimejavam e coçavam o nariz. Eles tentaram se proteger com guardanapos.
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Ainda é possível ouvir o barulho das bombas de efeito moral explodindo no entorno do Maracanã, mas a polícia já dispersou os manifestantes, que protestavam contra a licitação do estádio, feita pelo governo estadual.