Os prejuízos causados pelos ataques ao Palácio Itamaraty, durante protesto na Esplanada dos Ministérios há 11 dias, chegaram a R$ 18.414,04, sem considerar as despesas com os reparos nas esquadrias, com a limpeza e segurança extras. Levantamento feito pelo Ministério das Relações Exteriores, ao qual a Agência Brasil teve acesso, mostra que os gastos referem-se apenas à reposição das vidraças destruídas. Foram repostas 65 vidraças danificadas.
Pelos cálculos do ministério, a reposição de 53 vidraças comuns, de 6 milímetros (mm), custou R$ 15.579,22, enquanto a de dez incolores, também de 6 mm, saiu a R$ 2.129,02 e a substituição de duas vidraças temperadas fumê, de 8 mm, ficou em R$ 642,80.
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Mais um suspeito de vandalismo no Palácio do Itamaraty é detido Após ataques, funcionários trabalham para restaurar Palácio do Itamaraty Polícia identifica suspeito de vandalismo no ItamaratyItamaraty contabiliza prejuízos após manifestaçãoServidores do Itamaraty dão abraço simbólico no palácioItamaraty contabiliza prejuízos após manifestaçãoItamaraty tem fogo e vidros quebrados após protestoSuspeito de depredar Itamaraty é do partido de Marina SilvaO Itamaraty informou à Agência Brasil que as obras raras não foram atingidas durante os ataques. Conhecido também como Palácio dos Arcos, o Itamaraty tem, em seu interior, exemplares da arquitetura moderna e obras de arte do patrimônio nacional.
No interior do prédio há painéis de Athos Bulcão, Rubem Valentim, Sérgio Camargo, Maria Martins e afresco de Alfredo Volpi. O paisagismo é de Roberto Burle Marx. O projeto de construção do prédio levou anos para ser concluído devido às dificuldades técnicas para atender às inovações da proposta.
O Palácio Itamaraty é formado por três edifícios: o prédio principal e os anexos 1 e 2, sendo que este último é conhecido como Bolo de Noiva. Em frente ao edifício, sobre o espelho de água que foi invadido por manifestantes, está a escultura batizada de Meteoro, de Bruno Giorgi.
No último dia 21, centenas de pessoas participaram de um abraço simbólico ao Itamaraty. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, criticou a violência ao prédio. Ele lembrou, na ocasião, que a imagem do Brasil é de “uma democracia, de uma sociedade aberta e plural, de amantes da paz, amantes do diálogo, e isso não será afetado por um fato isolado”.
O abraço ao prédio reuniu principalmente funcionários do Itamaraty e alguns parentes, mas também teve a presença de servidores de outros ministérios. O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, atual ministro da Defesa, também participou do ato.