Um dos condenados do assassinato do índio Galdino Jesus dos Santos, 44 anos, se tornou servidor público este ano. Eron Chaves Oliveira foi aprovado, em 2012, em concurso público para assumir o cargo de agente de trânsito do Departamento de Trânsito (Detran-DF). Ele aparece em uma lista de 27 nomes de pessoas que se declararam deficientes, conforme publicação no Diário Oficial do Distrito Federal, de 23 de maio deste ano.
Em 2001, os acusados do crime foram condenados a 14 anos de prisão, mas ficaram apenas oito na cadeia e ganharam a liberdade. Como cumpriram a pena, eles têm o direito de ficha sem antecedentes criminais, conforme está previsto no artigo 202 da Lei de Execuções Penais.
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O crime
Em abril de 1997, Eron e outros quatro amigos da classe média atearam fogo ao corpo do índio Galdino, que dormia numa parada de ônibus em Brasília. Da etnia Pataxó Hã Hã Hãe, Galdino era da Bahia e estava na capital do país para as comemorações do Dia do Índio. A vítima teve 95% do corpo queimado e morreu horas depois.