Uma reviravolta no caso da garota Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, assassinada em Colombo, na região metropolitana de Curitiba no dia 28 de junho, próximo a uma parque de diversões, pode ter aberto uma crise dentro da polícia civil paranaense. Isso porque o resultado do laudo de um exame feito pelo Instituto de Criminalística indicou que a garota não foi estuprada pelos quatro suspeitos que foram presos um dia após o crime. O exame mostrou que o sêmen encontrado no corpo de Tayná não pertence a algum dos rapazes detidos. O caso passou para o Ministério Público e a Corregedoria da Polícia vai investigar o vazamento de informações sobre os testes.
Salgado Filho também comentou a hipótese de punição dos delegados envolvidos no caso. "Temos que saber de todo o cenário, quem participou de toda essa investigação vai ser responsabilizado", afirmou.
Tayná foi assassinada na noite do dia 28 de junho, quando voltava para casa. Logo após o crime, com base nas investigações da delegacia de Alto Maracanã, as autoridades indiciaram e prenderam por homicídio e estupro Sergio Amorin da Silva, 22; Paulo Henrique Camargo Cunha, 25; e Adriano Batista, 23, que teriam matado a garota após supostamente manterem relações sexuais forçadas com ela. Ezequiel Batista, 22, também foi indiciado, mas por ter testemunhado e não ter feito algo para evitar a morte da garota.
O médico legista Alexandre Antônio Gebran preferiu a cautela. "Foi pedido segredo de justiça e enquanto todos os trâmites não estiverem prontos não vamos concluir. Não temos nada de concreto. Tenho exames falsos, positivos, outros novamente falsos, outros positivos e, então, nesse momento só falaremos quando tivermos algo nas mãos", afirmou.