"Hoje ele faz seus dois últimos anos em um hospital altamente especializado e a gente sabe que a maior parte dos problemas de saúde deve ser resolvida fora dos hospitais. Então queremos oferecer à população médicos mais bem formados, com uma visão mais humanista, que saibam examinar uma pessoa e não fiquem dependente só de máquinas e equipamentos", disse, ao participar nesta quarta-feira, do Bom Dia, Ministro, programa produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.
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Ministro pede celeridade na MP do Mais MédicosEstrangeiros não vão tirar emprego de médicos brasileiros, diz ministroDilma diz que 'Mais Médicos' consolida 'pacto pela vida'Jovens atuais são a maior força de trabalho da história brasileira, diz estudo"O que acontece hoje é que, nos dois últimos anos de seu curso, o estudante já está sendo apresentado à especialidade, preocupado com a residência que vai fazer, antes de se tornar um médico integral, de ter uma visão geral, de ser um médico mais humano, que conheça o paciente como um todo e não só pedaços do paciente", disse.
Ainda durante o programa, Padilha reiterou que, nesse período de dois anos, os alunos não serão deslocados para regiões distantes do local onde estudam, mas atuarão em unidades da rede pública ligadas às instituições de ensino, na própria cidade ou em regiões metropolitanas dos municípios onde estão localizadas.
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de a atuação obrigatória no SUS ser estendida a outras categorias da área de saúde, o ministro enfatizou que o programa do governo, enviado ao Congresso Nacional por meio de medida provisória, prevê a determinação apenas para os estudantes de medicina. Ele acrescentou que possíveis mudanças na grade curricular do curso de medicina a serem implementadas a partir de 2015 serão analisadas pelo Conselho Nacional de Educação até o fim do ano.
A proposta do governo foi alvo de críticas das principais entidades médicas do país.